Supremo Tribunal Federal

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Versos Jurídicos

A JUSTIÇA

Com pés sangrando pelos tribunais,
olhos queimados em vigílias longas
em busca da justiça sem delongas
não me é possível ocultar meus ais.

Árduo labor, após tão duras lutas,
não sei o que é a justiça com certeza,
se vem da lei ou vem da natureza
para abrir as tenazes das disputas.

Deusa encoberta, sirvo-a com denodo
entre nuves de sonho ou inconformado,
com a alada confiança de um rapsodo,

contando não ouvir em meu caminho,
o lamento de Rui, desconsolado:
a última palavra é do meirinho.

Autor: Miguel Reale, 06-11-1910 / 14-04-2006.

MATOS, Miguel (org.). LÍRICA DO DIREITO: Antologia de Versos Jurídicos. Migalhas. Ano 2 n. 2

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