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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Fw: "Grande sertão: veredas": cronologia de Guimarães Rosa



"OBRA DE UM ARTISTA MADURO NO PLENO DOMÍNIO DE SEUS MEIOS"

Davi Arrigucci Jr.

A nova edição de Grande sertão: veredas, uma das obras fundamentais da literatura brasileira, será lançada no dia 25 de fevereiro. A capa do livro, como divulgamos na última semana, é assinada por Alceu Chiesorin Nunes e inspirada no avesso do Manto da apresentação, de Bispo do Rosário, com a reprodução de nomes dos personagens do romance.
O livro contará com uma ampla cronologia ilustrada, com mais de 30 páginas de informações sobre a vida e a obra de João Guimarães Rosa. Nesta segunda newsletter exclusiva, divulgamos uma versão compacta do conteúdo que fará parte da edição. Confira:

1908
No dia 27 de junho, João Guimarães Rosa nasce em Cordisburgo, região central de Minas Gerais. É o primeiro dos sete filhos de Florduardo Pinto Rosa — seu Fulô — e Francisca Guimarães Rosa — d. Chiquitinha. Contíguo à casa da família, nas imediações da estação ferroviária, está o armazém de secos e molhados de seu Fulô, onde o pequeno João tem contato com causos do sertão contados por boiadeiros, mascates, caçadores e tropeiros.
1917
Antes de completar sete anos, inicia os estudos de francês, de forma autodidata. Mais tarde, aos nove anos, com o auxílio do frade franciscano Canísio Zoetmulder, estuda holandês e alemão.
Muda-se para a casa do avô materno, em Belo Horizonte.
1925-30
Cursa medicina na Universidade de Minas Gerais, e tem Pedro Nava e Juscelino Kubitschek como contemporâneos.
Em 27 de junho de 1930, dia de seu aniversário de 22 anos, casa-se com Lygia Cabral Penna, com quem terá duas filhas: Vilma, em 1931, e Agnes, em 1934.
1931-4
Atua como médico em um consultório próprio em Itaguara — realizando também atendimentos a cavalo na zona rural —, depois é nomeado inspetor escolar na mesma cidade. Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, alista-se como médico voluntário da Força Pública mineira. Ainda na Força Pública, mas como concursado, atua como oficial-médico e capitão-médico.
Em 1934, depois de decepcionar-se "com a realidade da medicina, sentindo até algum arrependimento por não ter estudado direito", conforme confidencia em carta a um amigo, inscreve-se no concurso para cônsul de terceira classe do Ministério das Relações Exteriores. Classifica-se em segundo lugar e é nomeado em julho do mesmo ano. Muda-se com a família para o Rio de Janeiro.
1938-42
Em março de 1938, é transferido para o consulado-geral em Hamburgo, na Alemanha, como cônsul adjunto. Viaja sem a família e permanece na Europa por quatro anos, período que coincide com a eclosão da Segunda Guerra Mundial. No consulado, conhece Aracy Moebius de Carvalho, que se tornará sua segunda esposa. Rosa e Aracy são responsáveis por conceder vistos a vítimas do regime nazista, em desobediência às ordens do governo de Getúlio Vargas de dificultar a entrada de judeus no Brasil.
1946
Em abril, publica, pela editora Universal, Sagarana — título definitivo da obra que começara a escrever em 1937. O livro é bem recebido pela crítica, com menções elogiosas de Paulo Rónai, Sérgio Milliet, José Lins do Rego, Graciliano Ramos e Antonio Candido, entre outros. A primeira tiragem se esgota em pouco menos de um mês.
1952
Em maio, empreende uma viagem de dez dias pelo sertão de Minas Gerais, iniciada em sua cidade natal. Ao lado de oito vaqueiros, acompanha uma boiada de 180 cabeças pelo sertão do rio São Francisco, com destino a Araçaí. As anotações, registradas em dois cadernos, servem como fonte para Corpo de baile e Grande sertão: veredas.
1956
Corpo de baile começa a ser vendido nas livrarias cariocas em fevereiro — mês em que entrega à editora José Olympio os originais de Grande sertão: veredas. Em julho, a obra-prima de João Guimarães Rosa é lançada, recebida pela crítica com "barulhada tremenda", como define em carta ao pai. Grande sertão: veredas permanece por diversos meses nas listas de mais vendidos.
1963
Candidata-se à cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Álvares de Azevedo. Terceiro ocupante da cadeira, é eleito por unanimidade, mas só tomará posse em 16 de novembro de 1967, dias antes de sua morte.
1967
Aos 59 anos, em 19 de novembro, às 20h45, falece em casa, vítima de um infarto. No dia seguinte, é sepultado com seus óculos de míope na urna 13 do mausoléu da Academia, no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
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