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sábado, 2 de outubro de 2010

Tenha Poder


Jeffrey Pfeffer: “Quer viver muito? Tenha poder”

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Fonte HSM Online

Por Jeffrey Pfeffer
Professor de management da Stanford Graduate School of Business, considerado um dos maiores nomes mundiais em gestão de pessoas, Pfeffer abriu o segundo dia do Fórum HSM de Negociação perguntando para a plateia: quem gostaria de ter mais poder?

O professor define poder como a capacidade de conseguir o que se almeja – especialmente em situações de disputa. “Você tem poder até o ponto em que você pode, em decisões contestadas, fazer as coisas do seu jeito sem nunca ter de deixar uma posição, a menos que se queira”. Para Pfeffer, o poder pode ser avaliado por suas fontes, aplicações, status e posição. E qual a relação entre o poder e as negociações?
O especialista responde explicando que a negociação é um processo no qual se dividem coisas. “Às vezes, negociar implica repartir um recurso, como dinheiro, entre as partes. Se não levarmos em conta as habilidades de negociação, é a distribuição inicial de poder que determina quem conseguirá mais de uma negociação”. Portanto, você estará em melhor situação se entrar numa negociação com mais poder.
Pfeffer ressalta ainda que o poder afeta os resultados de negociações entre nações, empresas, pessoas e organizações. Para ele, a habilidade para negociar e para exercer poder está relacionada ao talento para representar, talento lingüístico, talento para atrair outros e talento para influenciar. “O poder é importante quando consideramos um processo de negociação e seus resultados. Neste processo, uma
das habilidades mais importantes é a de agir”, afirma.

Último segredo sórdido
“Nós achamos que queremos o poder, mas não vamos realmente atrás dele”, sentenciou Pfeffer, afirmando que o poder é o ultimo segredo sórdido de uma organização.” Muito se fala sobre dinheiro e sexo, mas pouco se fala de poder nas organizações. Somos motivados a creditar que o mundo é justo e bonito, e que o poder será conseqüência de tudo”. Pfeffer analisa que essa não é a realidade do mundo, e que na maior parte das vezes recebemos o que é possível obter numa negociação, não necessariamente o que merecemos. Ele destaca ainda que as habilidades comerciais e técnicas, bem como o talento, são importantes para exercer o poder. Temos de contribuir para nossa eficácia e a de nossa organização.
“A organização se cuida muito bem, agora os líderes precisam se preocupar com suas próprias eficácias. Isso tudo está relacionado, mas de certa forma são coisas distintas”. O professor chama a atenção sobre os benefícios do poder. “Por que nos preocupamos em ter poder?”, questiona. Porque o poder pode ser monetizado, transformado em dinheiro. “Utilize o poder em seu favor”, aconselha, ressaltando que é possível transformá-lo em riqueza a partir do momento em que permite a você realizar coisas e influenciar as mudanças.

Status e saúde
Pfeffer afirma que quando traduzido em maior controle sobre as condições de trabalho, o poder está associado à boa saúde e ao aumento da sobrevida. Ele conta que estudos de Whitehall, no Reino Unido, constataram uma relação inversa entre o cargo dos funcionários públicos e a taxa de incidência e mortalidade por doença arterial coronariana – mesmo levando em conta níveis de colesterol, índices de massa corporal, tabagismo e histórico familiar. “Quanto maior o seu escalão, menor o seu índice de doença coronariana”, argumenta.
Pesquisas subseqüentes documentaram a ligação entre controle sobre o trabalho, envolvendo autoridade para decidir e autonomia para utilizar as próprias habilidades, e efeitos positivos na saúde física e mental. A conclusão é a de que pessoas com mais controle, tem vida mais longa e saudável. “Quer viver muito? Tenha poder”, afirma Pfeffer.

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