Começa hoje a 18ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty — a primeira Flip Virtual. Até domingo, 6 de dezembro, serão doze conversas sobre literatura atravessada por temas contemporâneos como o impacto da ação humana sobre a natureza, o autoritarismo na história do Brasil, violência policial, entre outros. O acesso é livre e gratuito no canal da Flip no YouTube.
Confira a seguir a programação e os autores do Grupo Companhia das Letras que participam da Flip Virtual.
Com seu romance Garota, mulher, outras, Bernardine Evaristo venceu a última edição do Booker Prize, tornando-se a primeira autora negra a receber a premiação. O livro retrata 12 personagens mulheres e não-binárias que juntas compõem um retrato histórico – indo das colônias britânicas do Caribe à África – e contemporâneo da população negra na Grã-Bretanha. Na mesa, ela conversa com a escritora Stephanie Borges sobre a diáspora africana.
Duas romancistas sul-americanas, uma colombiana e outra brasileira, que tratam de personagens vivendo em contextos ordinários, mas que acabam se defrontando com aspectos absurdos da vida. Há certo clima soturno e de terror psicológico nas narrativas, mas nada é sobrenatural e o efeito de estranhamento vem da própria realidade.
O imaginário da identidade do povo brasileiro é preenchido por ideias de tolerância, cordialidade, acolhimento, mas a história do país, repleta de autoritarismo político e social, diz outra coisa. A historiadora Lilia Schwarcz reflete sobre as raízes do autoritarismo brasileiro que faz com que o país seja mais excludente que inclusivo.
Nos arquivos da ditadura militar que justificaram o exílio de Caetano Veloso (livro Narciso em Férias) poucos dias após o AI-5, o artista é definido como "desvirilizante". Já o escritor espanhol Paul B. Preciado (livro Um apartamento em Urano), define-se hoje como "dissidente do sistema sexo-gênero". Os dois, símbolos da quebra de paradigmas, encontram-se nessa mesa, que tem a liberdade como tema central. A participação do Paul B. Preciado teve apoio da Embaixada da França no Brasil.
MESA 10 | Batidas | 06/12 às 16h Com Regina Porter e Jeferson Tenório Mediação de Guilherme Henrique, jornalista, repórter do Nexo jornal
Duas famílias – uma branca e outra negra – vivendo na segunda metade do século 20 nos Estados Unidos. Um pai e professor de ensino básico assassinado em uma abordagem policial desastrosa no sul do Brasil. No pano de fundo dos dois romances: vida familiar, paternidade, racismo e desigualdade.
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